terça-feira, 31 de dezembro de 2019
terça-feira, 24 de dezembro de 2019
É NATAL
É NATAL
É Natal de pisca-pisca,
Natal de Papai Noel;
Natal de muitos presentes,
Embrulhados no papel;
É Natal de tantas luzes,
Que nem cabem num cordel.
Natal de muitos encontros,
De confraternização;
De novena e peru,
Alegria e perdão;
Árvore bem colorida,
Enfeitando o salão.
É o Natal do presépio,
E da estrela de Belém;
Dos Magos a procurar,
E de pastores também;
De Maria e José,
Vivendo o bem que convém.
Eu não sei para você,
Qual é o real sentido;
Dos encontros natalinos,
Que você já tem vivido;
Se brincou e festejou,
Ou se muito tem sofrido.
Se você andou tristonho,
Ou se esteve sozinho;
Busque a luz verdadeira,
A que aponta o caminho;
Que dá sentido a vida,
E te reconduz ao ninho.
O Natal é nascimento,
Nascimento de Jesus;
Esse sim é o sentido,
E a verdadeira luz,
Que nos guia no deserto,
E ao pai nos conduz.
Efigenia Dias
sábado, 14 de dezembro de 2019
sexta-feira, 6 de dezembro de 2019
À SOMBRA DO LIMOEIRO
À SOMBRA DO LIMOEIRO
Caro
leitor lhe convido,
Uma viagem
fazer;
A história
de cacimbinhas,
Que aqui
irei descrever;
Espero que
você goste,
E sinta
prazer em ler.
Eu trago
para você,
Nesse
singelo cordel;
Um pouco
dessa história,
Pra qual
eu tiro o chapéu;
E tenho
muito prazer,
Em
rabiscar no papel.
À sombra
do limoeiro,
Nossa cidade
nasceu;
Quando
aqueles caçadores,
De sua
água bebeu;
Foi lá no
sítio choan,
Que sua
origem se deu.
Eu vi
quando caçadores,
Vinham lá
de Pernambuco;
Atravessando
a caatinga,
Naquele
calor maluco;
E
encontrar água fria,
Era um
verdadeiro suco.
À sombra
do limoeiro,
Pararam
pra descansar;
Avistaram uma cacimba,
Ali
naquele lugar;
Era tudo
que queriam,
Para a
sede saciar.
Daquele
dia em diante
O limoeiro
passou,
A ser
ponto de descanso,
Em meio
aquele calor;
Com sobra
e água fresca,
Para
qualquer caçador.
Crescendo
o movimento,
Pessoas
ali passando;
Vi a água
da cacimba,
Aos poucos
se acabando;
Em abrir
outras cacimbas,
Foram logo
planejando.
Abriram
outras cacimbas,
Pra o povo
abastecer,
O nome de
Cacimbinhas;
Passaram a
escrever;
À sombra
do limoeiro,
Cacimbinhas
vi crescer.
Mil
oitocentos e trinta,
Habitação
começou;
Quando
João da Rocha Pires.
Vinte
léguas aqui comprou;
Alfares
rico e destemido,
Homem de
muito valor.
Essas
terras se estendiam,
Da Serra
Branca a Palmeira;
O Alfares
era abastado,
Isso não é
brincadeira;
Lhe afirmo
que vi tudo,
A história
é verdadeira.
Eu vi
quando Rocha Pires,
Levantou
sua morada;
No local
de Santa Cruz,
E trouxe a
família amada;
Lá das
bandas de Sergipe,
Sua terra
adorada.
Ali também
construiu,
Nossa
primeira capela;
Antiga na
região,
De
arquitetura bela;
Tem quase
duzentos anos,
Mas ainda
rezo nela.
Seu filho
Felix da Rocha,
Pensou
logo em se casar;
No centro
de Cacimbinhas,
Veio com o
sogro morar;
Aquele
povoamento,
Começou a
prosperar.
Felix da
Rocha e seu sogro,
Foram os
desbravadores,
E fundaram
Cacimbinhas;
Que
cidadãos de valores!
Plantaram
nossas raízes,
Entre
alegrias e dores.
Cacimbinhas
se tornou,
Estrada
comercial;
De
Palmeira pra Santana,
Do sertão
ao litoral;
Quase
duzentos quilômetros,
Distante
da Capital.
Fim do
século XIX,
Chega
nessa região;
O Senhor
José Gonzaga,
Destemido
e de ação;
Desenvolveu
o comércio,
Animando a
população.
Ano de
noventa e três,
Do século
aqui citado;
Vem esse
homem distinto,
Corajoso e
animado;
Desenvolver Cacimbinhas,
E nela ser
consagrado.
Foi ele
quem implantou,
Aqui a
primeira feira;
E não
parou por aí,
Não veio
pra brincadeira;
Queria
ligar o telégrafo,
De Santana
a Palmeira.
Para isso
associou-se,
Com
Clarindo Amorim;
Dificuldades
surgiram,
E isso foi
muito ruim;
Levando
ele a falência,
E um
desgosto sem fim.
Mil
novecentos e três,
A vila é
elevada;
Passando a
ser povoado,
Por todo
povo aclamada;
Logo dois
anos depois,
Em
Distrito é consagrada.
Teve
emancipação,
Dezenove
de setembro;
Data essa
que se deu,
De
Palmeira o desmembro;
Era década
de 50,
Ainda hoje
me lembro;
E para ser
mais exato,
Cinquenta
e oito, o ano;
Digo isso
porque vi,
E registro
sem engano;
Tudo como
aconteceu,
Para não
ser leviano.
Simão José
Januário,
Foi o
primeiro prefeito;
Nomeado na
cidade,
Nem
precisou ser eleito;
Por ser
homem conhecido,
Senhor de
muito respeito.
Convido
você, turista,
Para aqui
visitar;
O Castelo
Medieval,
Que tem em
nosso lugar,
A Serrinha
do Cruzeiro,
E a vista
contemplar;
Cacimbinhas se encontra,
Entre agreste e sertão;
Num
recanto de Palmeira,
Sua
microrregião;
Faz divisa
com Estrela,
E Minador
do Negrão.
Ao oeste
Dois Riachos,
Em
Pernambuco Iatí;
Ao sul
Major Izidoro,
Mais
adiante Igaci;
É um ponto
estratégico,
Terra boa
essa aqui.
Cacimbinhas
apresenta,
Um clima
bastante quente;
Em maio
chega o inverno,
Alegrando
muita gente;
Com ele
vem a lavoura,
Deixando o
povo contente.
As
estações por aqui,
É mormaço
e calor;
O Verão e a quentura;
Assusta o
trabalhador;
A esperar
pela chuva,
Nesse
torrão sofredor.
À sombra
do limoeiro,
Cacimbinhas
floresceu;
Só narro
porque eu vi,
Quando
tudo aconteceu;
Garanto
que foi assim,
Que a
história se deu.
quarta-feira, 13 de novembro de 2019
SAUDADE EM RIMAS
SAUDADE EM RIMAS
Saudade é a palavra,
Que rima bem com sofrer;
Por que quando Ela aperta,
O peito doe pra valer;
O coração vira brasa,
E o pensamento cria asa,
Te levando a padecer.
Essa palavra também,
Rima bem com o amor;
Se você está sentido,
É por que amou com fervor;
E hoje está ausente,
E o corpo todo sente,
Saudade em rimas de dor.
Rima com aquele lugar,
Que você bem conheceu;
Com as brincadeiras de criança,
E até com o que não viveu;
Com o animal de estimação,
Do periquito ao cão,
Que você tinha e morreu.
Rima com banho de chuva,
E com aperto de mão;
Com beijos e com carinho,
E a despedida no portão;
Com a brisa da madrugada,
E a primeira namorada,
Que lhe mostrou a paixão.
Rima com aquele riacho,
Onde um dia se banhou;
Com os amigos da infância,
Que a vida os separou;
Com a casa de farinha,
Com o doce da vizinha,
Que tanto você gostou.
Saudade rima com as flores,
Que você dedicou a alguém;
Com o livro que você leu,
Destacando o que convém;
E hoje tá esquecido,
Pelo whatsApp vencido,
Onde não escapa ninguém.
Saudade pra muita gente,
Rima com cheiro de mato;
Com a lembrança de alguém,
Que só resta no retrato;
Com os costumes do sertão,
Com a lembrança e a emoção,
Do que você viveu de fato.
As rimas dessa palavra,
É um leque em extensão;
Principalmente pra quem,
Partiu deixando o sertão;
E sente falta da comida,
E de quem partiu dessa vida,
E lhe deixou na solidão.
Saudade tem nome e cor,
Gosto, cheiro e endereço;
Foi amor, foi amizade,
Convivência e muito apreço;
Só reconhece quem viveu,
E aqui lhe garanto eu,
Que tudo isso conheço.
Quando a saudade apertar,
Não se deixe entristecer;
Significa que foi bom,
E você viveu pra valer;
Hoje lembra com amor,
Mesmo que lhe cause dor,
É algo pra agradecer.
Minha saudade rima bem,
Com meu Velho Pai Simão;
Que partiu pra outra vida,
E me deixou como lição;
Que vale a pena viver,
Ler cordel e escrever,
O que trago no coração.
Rima com a Velha Escola,
Onde escrever aprendi;
Com os amigos e professores,
Dos quais eu nunca esqueci;
Que seguiram outro caminho,
Hoje lembro com carinho,
As pessoas que convivi.
Se você gostou do Texto,
E Este te fez lembrar;
De alguém ou de um causo,
Ou até mesmo de um olhar;
Agradeço sua atenção,
Me faça uma boa ação,
Querendo compartilhar.
A todas as pessoas que em algum momento fizeram parte da minha vida e deixaram saudades. DEDICO
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