À SOMBRA DO LIMOEIRO
Caro
leitor lhe convido,
Uma viagem
fazer;
A história
de cacimbinhas,
Que aqui
irei descrever;
Espero que
você goste,
E sinta
prazer em ler.
Eu trago
para você,
Nesse
singelo cordel;
Um pouco
dessa história,
Pra qual
eu tiro o chapéu;
E tenho
muito prazer,
Em
rabiscar no papel.
À sombra
do limoeiro,
Nossa cidade
nasceu;
Quando
aqueles caçadores,
De sua
água bebeu;
Foi lá no
sítio choan,
Que sua
origem se deu.
Eu vi
quando caçadores,
Vinham lá
de Pernambuco;
Atravessando
a caatinga,
Naquele
calor maluco;
E
encontrar água fria,
Era um
verdadeiro suco.
À sombra
do limoeiro,
Pararam
pra descansar;
Avistaram uma cacimba,
Ali
naquele lugar;
Era tudo
que queriam,
Para a
sede saciar.
Daquele
dia em diante
O limoeiro
passou,
A ser
ponto de descanso,
Em meio
aquele calor;
Com sobra
e água fresca,
Para
qualquer caçador.
Crescendo
o movimento,
Pessoas
ali passando;
Vi a água
da cacimba,
Aos poucos
se acabando;
Em abrir
outras cacimbas,
Foram logo
planejando.
Abriram
outras cacimbas,
Pra o povo
abastecer,
O nome de
Cacimbinhas;
Passaram a
escrever;
À sombra
do limoeiro,
Cacimbinhas
vi crescer.
Mil
oitocentos e trinta,
Habitação
começou;
Quando
João da Rocha Pires.
Vinte
léguas aqui comprou;
Alfares
rico e destemido,
Homem de
muito valor.
Essas
terras se estendiam,
Da Serra
Branca a Palmeira;
O Alfares
era abastado,
Isso não é
brincadeira;
Lhe afirmo
que vi tudo,
A história
é verdadeira.
Eu vi
quando Rocha Pires,
Levantou
sua morada;
No local
de Santa Cruz,
E trouxe a
família amada;
Lá das
bandas de Sergipe,
Sua terra
adorada.
Ali também
construiu,
Nossa
primeira capela;
Antiga na
região,
De
arquitetura bela;
Tem quase
duzentos anos,
Mas ainda
rezo nela.
Seu filho
Felix da Rocha,
Pensou
logo em se casar;
No centro
de Cacimbinhas,
Veio com o
sogro morar;
Aquele
povoamento,
Começou a
prosperar.
Felix da
Rocha e seu sogro,
Foram os
desbravadores,
E fundaram
Cacimbinhas;
Que
cidadãos de valores!
Plantaram
nossas raízes,
Entre
alegrias e dores.
Cacimbinhas
se tornou,
Estrada
comercial;
De
Palmeira pra Santana,
Do sertão
ao litoral;
Quase
duzentos quilômetros,
Distante
da Capital.
Fim do
século XIX,
Chega
nessa região;
O Senhor
José Gonzaga,
Destemido
e de ação;
Desenvolveu
o comércio,
Animando a
população.
Ano de
noventa e três,
Do século
aqui citado;
Vem esse
homem distinto,
Corajoso e
animado;
Desenvolver Cacimbinhas,
E nela ser
consagrado.
Foi ele
quem implantou,
Aqui a
primeira feira;
E não
parou por aí,
Não veio
pra brincadeira;
Queria
ligar o telégrafo,
De Santana
a Palmeira.
Para isso
associou-se,
Com
Clarindo Amorim;
Dificuldades
surgiram,
E isso foi
muito ruim;
Levando
ele a falência,
E um
desgosto sem fim.
Mil
novecentos e três,
A vila é
elevada;
Passando a
ser povoado,
Por todo
povo aclamada;
Logo dois
anos depois,
Em
Distrito é consagrada.
Teve
emancipação,
Dezenove
de setembro;
Data essa
que se deu,
De
Palmeira o desmembro;
Era década
de 50,
Ainda hoje
me lembro;
E para ser
mais exato,
Cinquenta
e oito, o ano;
Digo isso
porque vi,
E registro
sem engano;
Tudo como
aconteceu,
Para não
ser leviano.
Simão José
Januário,
Foi o
primeiro prefeito;
Nomeado na
cidade,
Nem
precisou ser eleito;
Por ser
homem conhecido,
Senhor de
muito respeito.
Convido
você, turista,
Para aqui
visitar;
O Castelo
Medieval,
Que tem em
nosso lugar,
A Serrinha
do Cruzeiro,
E a vista
contemplar;
Cacimbinhas se encontra,
Entre agreste e sertão;
Num
recanto de Palmeira,
Sua
microrregião;
Faz divisa
com Estrela,
E Minador
do Negrão.
Ao oeste
Dois Riachos,
Em
Pernambuco Iatí;
Ao sul
Major Izidoro,
Mais
adiante Igaci;
É um ponto
estratégico,
Terra boa
essa aqui.
Cacimbinhas
apresenta,
Um clima
bastante quente;
Em maio
chega o inverno,
Alegrando
muita gente;
Com ele
vem a lavoura,
Deixando o
povo contente.
As
estações por aqui,
É mormaço
e calor;
O Verão e a quentura;
Assusta o
trabalhador;
A esperar
pela chuva,
Nesse
torrão sofredor.
À sombra
do limoeiro,
Cacimbinhas
floresceu;
Só narro
porque eu vi,
Quando
tudo aconteceu;
Garanto
que foi assim,
Que a
história se deu.
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