terça-feira, 31 de dezembro de 2019

ANO NOVO

ANO NOVO

 
O Ano só será Novo
Para quem quer inovar
Pensamento sendo Velho
Velho vai continuar
Não vai ser em uma noite
Que seu Ano vai mudar.
 
Se quer ter um Ano Novo
Faça novo desde agora
Dê logo o primeiro passo
Um passo para a melhora,
Me diz pra que roupa branca
Se o branco é só por fora?
 
Você já pintou a casa
Deixou linda pro Natal
Por dentro se encontra sujo
Nada mudou afinal.
Para que serve essa casca
Se continuas igual?
 
Ano Novo é qualquer dia
Basta só você querer
Parar para refletir
E uma limpeza fazer,
E não lhe falo da casa
Falo mesmo é de você.
 
Limpe os seus pensamentos,
Alivie o coração,
Procure quem magoou
E vá lá pedir perdão,
Num gesto de simpatia
Dê-lhe um aperto de mão.
 
Abrace a criança  suja,
Beije um velhinho doente,
Dê a mão a quem caiu
Este ficará contente,
Respeite do velho ao novo
Do rico ao indigente.
 
Tenha novas atitudes,
Renove as emoções,
Inove no seu trabalho,
Reveja suas ações,
Seja leve, dance e ame
Ao som de lindas canções.
 
Assim será Ano Novo
Pra você o ano inteiro
Faça nova sua história
Com grana ou sem dinheiro
São os meus sinceros votos
Para o povo brasileiro.
 
                                                                   Efigenia Dias
 
 


terça-feira, 24 de dezembro de 2019

É NATAL

É NATAL
É Natal de pisca-pisca,
Natal de Papai Noel;
Natal de muitos presentes,
Embrulhados no papel;
É Natal de tantas luzes,
Que nem cabem num cordel.

Natal de muitos encontros, 
De confraternização;
De novena e peru,
Alegria e perdão;
Árvore bem colorida, 
Enfeitando o salão. 

É o Natal do presépio, 
E da estrela de Belém; 
Dos Magos a procurar,
E de pastores também; 
De Maria e José,
Vivendo o bem que convém. 

Eu não sei para você, 
Qual é o real sentido; 
Dos encontros natalinos, 
Que você já tem vivido; 
Se brincou e festejou,
Ou se muito tem sofrido. 

Se você andou tristonho, 
Ou se esteve sozinho; 
Busque a luz  verdadeira,
A que aponta o caminho;
Que dá sentido a vida, 
E te reconduz  ao ninho. 

O Natal é nascimento, 
Nascimento de Jesus;
Esse sim é o sentido,
E a verdadeira luz, 
Que nos guia no deserto, 
E ao pai nos conduz. 

Efigenia Dias 

sexta-feira, 6 de dezembro de 2019

À SOMBRA DO LIMOEIRO




À SOMBRA DO LIMOEIRO

Caro leitor lhe convido,
Uma viagem fazer;
A história de cacimbinhas,
Que aqui irei descrever;
Espero que você goste,
E sinta prazer em ler.

Eu trago para você,
Nesse singelo cordel;
Um pouco dessa história,
Pra qual eu tiro o chapéu;
E tenho muito prazer,
Em rabiscar no papel.

À sombra do limoeiro,
Nossa cidade nasceu;
Quando aqueles caçadores,
De sua água bebeu;
Foi lá no sítio choan,
Que sua origem se deu.

Eu vi quando caçadores,
Vinham lá de Pernambuco;
Atravessando a caatinga,
Naquele calor maluco;
E encontrar água fria,
Era um verdadeiro suco.

À sombra do limoeiro,
Pararam pra descansar;
Avistaram uma cacimba,
Ali naquele lugar;
Era tudo que queriam,
Para a sede saciar.

Daquele dia em diante
O limoeiro passou,
A ser ponto de descanso,
Em meio aquele calor;
Com sobra e água fresca,
Para qualquer caçador.

Crescendo o movimento,
Pessoas ali passando;
Vi a água da cacimba,
Aos poucos se acabando;
Em abrir outras cacimbas,
Foram logo planejando.

Abriram outras cacimbas,
Pra o povo abastecer,
O nome de Cacimbinhas;
Passaram a escrever;
À sombra do limoeiro,
Cacimbinhas vi crescer.

Mil oitocentos e trinta,
Habitação começou;
Quando João da Rocha Pires.
Vinte léguas aqui comprou;
Alfares rico e destemido,
Homem de muito valor.

Essas terras se estendiam,
Da Serra Branca a Palmeira;
O Alfares era abastado,
Isso não é brincadeira;
Lhe afirmo que vi tudo,
A história é verdadeira.

Eu vi quando Rocha Pires,
Levantou sua morada;
No local de Santa Cruz,
E trouxe a família amada;
Lá das bandas de Sergipe,
Sua terra adorada.

Ali também construiu,
Nossa primeira capela;
Antiga na região,
De arquitetura bela;
Tem quase duzentos anos,
Mas ainda rezo nela.

Seu filho Felix da Rocha,
Pensou logo em se casar;
No centro de Cacimbinhas,
Veio com o sogro morar;
Aquele povoamento,
Começou a prosperar.

Felix da Rocha e seu sogro,
Foram os desbravadores,
E fundaram Cacimbinhas;
Que cidadãos de valores!
Plantaram nossas raízes,
Entre alegrias e dores.

Cacimbinhas se tornou,
Estrada comercial;
De Palmeira pra Santana,
Do sertão ao litoral;
Quase duzentos quilômetros,
Distante da Capital.

Fim do século XIX,
Chega nessa região;
O Senhor José Gonzaga,
Destemido e de ação;
Desenvolveu o comércio,
Animando a população.

Ano de noventa e três,
Do século aqui citado;
Vem esse homem distinto,
Corajoso e animado;
Desenvolver Cacimbinhas,
E nela ser consagrado.

Foi ele quem implantou,
Aqui a primeira feira;
E não parou por aí,
Não veio pra brincadeira;
Queria ligar o telégrafo,
De Santana a Palmeira.

Para isso associou-se,
Com Clarindo Amorim;
Dificuldades surgiram,
E isso foi muito ruim;
Levando ele a falência,
E um desgosto sem fim.

Mil novecentos e três,
A vila é elevada;
Passando a ser povoado,
Por todo povo aclamada;
Logo dois anos depois,
Em Distrito é consagrada.

Teve emancipação,
Dezenove de setembro;
Data essa que se deu,
De Palmeira o desmembro;
Era década de 50,
Ainda hoje me lembro;

E para ser mais exato,
Cinquenta e oito, o ano;
Digo isso porque vi,
E registro sem engano;
Tudo como aconteceu,
Para não ser leviano.

Simão José Januário,
Foi o primeiro prefeito;
Nomeado na cidade,
Nem precisou ser eleito;
Por ser homem conhecido,
Senhor de muito respeito.

Convido você, turista,
Para aqui visitar;
O Castelo Medieval,
Que tem em nosso lugar,
A Serrinha do Cruzeiro,
E a vista contemplar;

Cacimbinhas se encontra,
Entre agreste e sertão;
Num recanto de Palmeira,
Sua microrregião;
Faz divisa com Estrela,
E Minador do Negrão.

Ao oeste Dois Riachos,
Em Pernambuco Iatí;
Ao sul Major Izidoro,
Mais adiante Igaci;
É um ponto estratégico,
Terra boa essa aqui.

Cacimbinhas apresenta,
Um clima bastante quente;
Em maio chega o inverno,
Alegrando muita gente;
Com ele vem a lavoura,
Deixando o povo contente.

As estações por aqui,
É mormaço e calor;
O Verão e a quentura;
Assusta o trabalhador;
A esperar pela chuva,
Nesse torrão sofredor.

À sombra do limoeiro,
Cacimbinhas floresceu;
Só narro porque eu vi,
Quando tudo aconteceu;
Garanto que foi assim,
Que a história se deu.